As oportunidades da "Arquitetura Corporativa"

Architecture enable you to accommodate complexity and change. If you don’t have Enterprise Architecture, your enterprise is not going to be viable in a increasingly complex and changing external environment.

John Zachman

Um dos maiores desafios das organizações modernas é lidar com a complexidade crescente – interna e externa. Essa complexidade, combinada com a volatilidade, incerteza e ambiguidades – tão características de nosso tempo – é entrave para a implantação de melhorias de médio e longo prazo.

Mundo VUCA

O termo VUCA é um acrônimo das palavras inglesas Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity e vem sendo empregado desde a década de 1990, por empresas, organizações, governos e instituições de ensino.

A expressão “Mundo VUCA” vem sendo usada como uma forma de resumir as características da sociedade atual e a velocidade com que diversos aspectos do mundo em que vivemos (como a ciência, tecnologia e negócios) evoluem e se transformam.

Para atender expectativas cada vez maiores e restrições mais rigorosas, empresas adotam processos cada vez mais intrincados e, por isso, difíceis de evoluir. Não raro, a operação contempla diversas atividades cujo propósito ninguém lembra mas com custos que todos percebem. Essas atividades que não geram valor se acumulam e destroem a competitividade – são as “complexidades predatórias”.
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Parte da complexidade do “mundo real” pode ser combatida pela adoção de modelos – incluindo diagramas e gráficos. Ou seja, representações simplificadas que facilitam análises e, eventualmente, permitem o desenvolvimento de soluções mais assertivas, incluindo simulações.

Perguntas oportunamente inoportunas

Em um mundo VUCA, nem sempre é fácil controlar a complexidade. As seguintes perguntas ajudam a “sensibilizar” o negócio para questões relacionadas ao tema:

  1. Temos consciência de quais atividades da nossa operação são, efetivamente, geradoras de valor, quais executamos por obrigação e quais adicionam apenas complexidade (custo)?
  2. Sabendo que “corte linear” no orçamento não é uma boa ideia, que critérios utilizamos para determinar onde “cortar”?
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Pessoas de “tecnologia” costumam ter mais facilidade do que pessoas do “sensibilidade de negócio” para produzir tais modelos. Entretanto, muitas vezes carecem da “sensibilidade” na confecção. De qualquer forma, este gap pode ser compensado com técnica e disciplina como os prescritos nos diversos frameworks guidelines de arquitetura corporativa.
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As práticas da arquitetura corporativa “nasceram” dentro das áreas de TI, entretanto, não estão delimitadas a esse contexto organizacional.

O que é a Arquitetura Corporativa (EA)?

A macroestrutura de uma organização – contemplando o conjunto de seus elementos (departamentos, papéis, processos, sistemas de software, dados, infraestrutura, etc), suas responsabilidades e a forma como se relacionam – constitui sua arquitetura. Logo, a capacidade de uma empresa de implementar melhorias em seu resultado implicam no ajuste dessa arquitetura.

Arquitetura corporativa pode ser analisada sob duas perspectivas. Como conceito, contempla a descrição de como as empresas estão organizadas. Como prática, é o conjunto de processos, atividades e padrões para explicitação, análise e evolução das organizações.

Quando há um “orquestrador” responsável pela arquitetura corporativa como prática, esse “profissional” pode ser designado como “arquiteto”.

As práticas da arquitetura corporativa conectam a execução – que gera os resultados que a empresa tem hoje – e a estratégia – que são os resultados que a organização irá gerar no futuro.

A necessidade (e urgência) da arquitetura corporativa

Manual do Arquiteto Corporativo

O que é arquitetura corporativa? Qual o papel do “arquiteto corporativo”? Relação com transformação digital e com desenvolvimento de software?

Respostas para essas e outras perguntas nesse capítulo.

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Onde “posicionar” a Arquitetura Corporativa?

As iniciativas de arquitetura corporativa, idealmente, devem “pavimentar” o caminho entre a estratégia e a execução e esse caminho é bidirecional. Em um sentido, a estratégia orienta ajustes na execução. No outro, a rotina operacional fornece insights que fundamentam a visão estratégica.

A geração de artefatos resultante das práticas de arquitetura corporativa permitem a composição do entendimento holístico da organização, periférico, antecipatório e intuitivo.

Perguntas oportunamente inoportunas

Muitas empresas executam processos sofisticados (entenda-se “caros”) de planejamento mas falham na execução do planejado. As seguintes perguntas colaboram para “sensibilizar” o negócio para a necessidade de orquestração “técnica” para “tirar as coisas do papel”?

  1. A maioria das empresas não tem problemas para “planejar”, mas sim, para “executar o planejado”. O que estamos fazendo, na prática, para conectar nosso planejamento a execução?
  2. Como conseguimos “rastrear” os progressos na estrutura ao longo do tempo?
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Olhar estratégico

Pensamento estratégico

Pensar estrategicamente demanda desenvolvimento de olhar estratégico que, por sua vez, tem quatro perspectivas distintas.

Nesse capítulo, apresento as quatro perspectivas da visão estratégica e faço algumas provocações importantes.

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Arquitetura corporativa pode ser a “ponte” do tech ao biz

A demanda por mitigar complexidades é uma “dor” do negócio. A capacidade de gerar modelos (diagramas e gráficos) com assertividade é um diferencial comum entre pessoas de tecnologia.

Ao modelar a arquitetura corporativa, pessoas de “tecnologia” podem se aproximar, interagir e apropriar das “motivações” do negócio. Aliás, esse é um dos seus destaques.

Modelando 'Motivações'

Manual do Arquiteto Corporativo

Diagramas de arquitetura corporativa expressam bem mais do que elementos tangíveis da organização.

Nesse capítulo exemplifico como modelar stakholders, drivers, objetivosmetas, conhecimentos prévios, princípios, metas e restrições.

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A partir das motivações, as práticas de arquitetura corporativa direcionam também a modelagem de capabilities que representam, no médio prazo, o que uma empresa consegue e o que não consegue realizar.

Modelando 'Capabilities'

Manual do Arquiteto Corporativo

Explicitar intenções, objetivos e metas é muito importante. Entretanto, uma meta só será concreta quando for impulsionada por cursos de ação, com sustentação em capabilities.

Nesse capítulo exemplifico como modelar cursos de ação, value stream, capabilities e recursos.

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Para pensar…

Antes de avançar para o próximo capítulo, recomendo as seguintes reflexões:

  1. Como você avalia o crescimento da complexidade na empresa onde atua?
  2. Há alguém cuidando ativamente da arquitetura corporativa?

 

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Elemar Júnior

Fundador e CEO da EximiaCo, atua como tech trusted advisor ajudando diversas empresas a gerar mais resultados através da tecnologia. 

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